Convênio UFMS/CPNV/INPE – Estação GNSS

Postado por: hljava

O CPNV, através de convênio com INPE, IBGE, USP, cede espaço para instalação de Estação GNSS. A finalidade da estação é coletar sinais das constelações do Sistema de Navegação Global por Satélite (Global Navigation Satellite System – GNSS), tais como o sistema GPS americano e o sistema GLONASS russo. Esses dados permitem realizar cálculos de posicionamento de alta precisão (milímetros), com as quais é possível estudar os movimentos horizontais e verticais relativo entre as placas tectônicas e entre províncias intraplacas; estudar deformações crustais em escala regional, associadas a movimentos tectônicos, isostáticos e deslocamentos de massas. Por se tratar de processos muito lentos (centímetros por ano), as medidas devem ser feitas por um longo período de tempo, da ordem de décadas.

Os dados da estação GNSS, quando disponibilizados em tempo real de forma contínua e ininterrupta, têm ampla utilidade na sincronização e cinética dos sistemas tecnológicos modernos. Por exemplo, na área de navegação (aérea, marítima, ferroviária, rodoviário), cartografia, agricultura de precisão, levantamentos geofísicos e topográficos, engenharia civil, definição georreferenciada dos limites do país, estados, municípios, de áreas desmatadas, de propriedades particulares. Os dados também são usados em estudos de meteorologia e clima espacial.

Os dados em tempo real são disponibilizados através da incorporação da estação GNSS à Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) do IBGE. Desta forma, as coordenadas da estação GNSS são outro componente importante na composição dos resultados finais dos levantamentos referenciados ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), além de fazer parte da Rede de Referência SIRGAS (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas), cujas coordenadas finais têm precisão da ordem de ± 5 mm, configurando-se como uma das redes mais precisas do mundo. Outro papel importante da RBMC é que suas observações vêm contribuindo, desde 1997, para a densificação regional da rede do IGS (International GPS Service for Geodynamics), garantindo uma melhor precisão dos produtos do IGS, tais como órbitas precisas, sobre o território brasileiro.

Também são coletados dados meteorológicos de temperatura, umidade e pressão atmosférica do local. Com isso é possível calcular o vapor d’água integrado, além do outros parâmetros atmosféricos como o atraso zenital e o conteúdo total de elétrons. Esses dados são importantes tanto para a pesquisa como para gerar correções a serem aplicadas a qualquer levantamento topográfico de precisão e similares que usem sistemas GNSS.