Música Elisabetana e apresentação com instrumentos do século 19 estão entre as diversas atrações do Festival Mais Cultura

Postado por: Paulo Vinicius Furlan

No segundo dia do Festival Mais Cultura, a palestra “Música Elisabetana para alaúde e estilos ponteado e rasgueado dos séculos 16 e 17” será ministrada por Guilherme de Camargo, um dos principais instrumentistas de cordas dedilhadas do país.

A palestra será sobre o alaúde na época de John Dowland e rainha Elizabeth I, e o instrumentista irá abordar o encontro da música antiga com o homem contemporâneo. “Minha principal intenção não é a de ser mais um instrumentista falando sobre como nós devemos fazer a música do passado, mas eu gostaria de ser um músico que faz a música do presente pensando no passado e pensando no futuro, então é esse abraço entre a música histórica, entre a pesquisa e entre nossa própria imaginação que eu gostaria de trazer para esse encontro”, afirma.

Guilherme de Camargo tem sua formação inicial em violão clássico, passou por um período na Holanda como estudante de Música e instrumentos antigos, onde teve um maior contato com o universo da música antiga e instrumentos de cordas dedilhadas. É doutor em Musicologia pela Universidade de São Paulo e graduado com os títulos de mestre em Musicologia e bacharel em violão erudito pela mesma instituição. 

A palestra será no dia 17 de novembro, às 20h30, e poderá ser acessada gratuitamente através do link meet.google.com/zbh-ifvt-ver.

Apresentação traz repertório para instrumentos de cordas dedilhadas do século 19

A faixa das 20h do Festival Mais Cultura terá atrações voltadas para a música antiga, e no dia 19, será realizada uma apresentação de repertório para instrumentos de cordas dedilhadas do século 19.

O responsável pela atração é o multi-instrumentista e compositor, Marcos Pablo Dalmácio, que faz parte do programa de doutorado na Universidade Estadual de Santa Catarina. Ele conta que preferiu escolher para a apresentação três peças menos conhecidas do compositor austríaco Anton Diabelli, objeto de estudo para o seu livro “A sonata para guitarra na Viena de Beethoven e Schubert”.

“Diabelli é um contemporâneo exato de Mauro Giuliani. Ele é, porém, muito menos interpretado, com exceção das três sonatas opus 29, e por essa razão eu decidi apresentar peças menos conhecidas: uma marcha fúnebre à memória de seu mestre, Michael Haydn, irmão mais novo do famoso Joseph Haydn, e as praticamente desconhecidas Duas Fugas opus 46, das que apresento a primeira gravação existente”, comenta.

Segundo Marcos, “a importância desse trabalho dedicado a instrumentos que precederam o violão como o conhecemos hoje, que portam um repertório de fundamental importância, é mostrar como funciona essa música nos instrumentos, para a qual foi composta outorga grandes possibilidades de conhecimento aos violonistas que tocam o instrumento moderno”, conclui.

O espetáculo será gratuito e aberto ao público através do Google Meet.

Texto: Raissa Quinhonez e  João Barbosa Marques (estagiários da Agecom)